ATABAQUE X ANIMISMO

Por Thiago Coutinho

O uso de instrumentos não é exclusivo da Umbanda. Inclusive podemos notar o uso de tambores em diversas religiões, muitas inclusive, de aspectos totalmente distintos, e que sequer trabalham com mediunidade, como por exemplo, muitas religiões e seitas orientais.

Na Umbanda e nos cultos de origem africana, notamos o uso dos atabaques. É sabido que o conjunto de instrumentos consagrados aos Orixás forma, assim como o Gongá e os assentamentos naturais, um campo vibratório (campo de força), que gera e movimenta a energia da casa. Porém, para que essa energia possa ser utilizada de forma satisfatória a favor dos trabalhos realizados, os instrumentos devem ser manipulados por pessoas previamente preparadas para tal função, que são os Ogans.

Lógico que não podemos esquecer que nem todas as tendas de Umbanda utilizam os instrumentos musicais e mesmo assim trabalham e praticam a caridade. É importante salientar que mesmo sem utilizar desta energia, estas tendas não são mais fracas (ou mais fortes) do ponto de vista vibratório. Devemos levar em conta o fundamento e a forma de trabalho de cada mentor espiritual.

Mas e o animismo? É ou não provocado pelo som dos tambores? Irmãos, este fenômeno anímico pode ser presenciado em vários lugares que não utilizam os atabaques, até mesmo fora do meio umbandista. Tanto que esse fenômeno é e continua sendo estudado pelas linhas kardecistas e essas não usam instrumentos de percussão em seus trabalhos espirituais. Notamos animismo também em outras religiões, como por exemplo, em algumas igrejas neo-pentecostais, onde, levados pela euforia do local e pela influência dos líderes e adeptos, as pessoas, envolvidas por tudo aquilo, podem sofrer de animismo colocando na verdade ssuas emoções para fora. E tudo isso sem a necessidade do uso dos atabaques pelas.

Agora, não é por isso que negaremos que um médium iniciante não poderá ser levado a um processo anímico pelos sons ou até mesmo, pela vibração que os instrumentos geram dentro de uma gira, mas não podemos esquecer que existem outros fatores que podem influenciar um médium. Mesmo numa casa que não tem atabaques: as palmas, os cânticos, as velas acessas, as imagens, a própria vibração fornecida pelos fundamentos do templo, mas principalmente, a vontade de ser um médium de incorporação, o que nem sempre, a pessoa é.

Fonte: www.apeuumbanda.blogspot.com

Função do Ogan

Por Thiago Coutinho

Em nossa casa os Ogans são os responsáveis belo bom desenvolvimento da curimba e conseqüentemente da gira.

Nós do Templo de Umbanda Olhos de Lince, prestamos uma homenagem as pessoas que, de coração, ajudam nossos trabalhos a sempre ter harmonia através dos se pontos cantados.

A palavra “Ogan” tem origem na cultura Yorubá, e significa “Senhor da minha casa”. Portanto, a curimba deve ser encarada como uma função de grande honra e importância, para quem dela participa diretamente. A curimba geralmente é composta de Ogans Curimbeiros (somente canto), Ogans Atabaqueiros (somente percussão) e Ogans Curimbeiros e Atabaqueiros (cantam e tocam).

A principal característica do Ogan é não manisfestar o Orixá ou Entidade Espiritual, ou seja, não são médiuns de incorporação.

Muita paz e luz de nosso pai Oxalá a todos os Ogans de todos os terreiros.

Uma gira alegre e de muita importância

Por Fábio Santhiago

Foi assim a gira que o Templo de Umbanda Olhos de Lince realizou no último dia 25. Com a ajuda de todo o corpo mediúnico e amigos, foi realizada a gira anual de homenagem aos erês de nossa casa.

Os grandes magos da Umbanda marcaram presença em uma manhã de sábado que teve o brilho do sol com a chegada de todos eles no chão do nosso terreiro.

Iniciada pelo nosso grande mestre Cacique Águia Branca a nossa gira teve a assistência com um número bem grande de pessoas que foram prestigiar e render homenagem aos nossos irmãozinhos. Os presentes em nosso terreiro receberam passes de todos os Caboclos em terra enquanto nossos Ogans tocavam os pontos com muita força e axé.

Para encerrar a primeira parte dessa manhã, tivemos um intervalo para que pudesse ser preparada a casa definitivamente para os homenageados do dia.

Com a participação dos nossos pequenos irmãos do projeto “Olhos do Amanhã” que fizeram a abertura dessa parte da gira cantando pontos que vieram estudando em suas aulas ministradas pelo Ogan Anderson Santos, todos puderam se alegrar com a presença dos irmãozinhos que foram chegando aos poucos e que logo estavam todos em terra em uma alegria contagiante e com a responsabilidade sempre de que naquele momento precisariam fazer grandes magias.

Nosso grande amigo e irmão Joãozinho chegou um pouquinho depois dando a chance ao dirigente de estar mais presente. Mas isso não demorou muito não, até mesmo porque a festa era pra eles.

Joãozinho como sempre foi falando com todos da assistência, dando seu axé e levando a alegria a cada coração que estava naquela manhã em nosso terreiro. Enquanto isso, os demais erês de nossa casa estavam dentro do terreiro em uma grande festa, Pedrinhos, Rosinhas, Mariazinhas, Luizinhos, Zezinhos e muitos outros ali presentes nos ofertaram todo seu amor e toda a pureza existente no coração das crianças.

Nos fizeram lembrar o quanto é importante termos nossos corações limpos e a pureza da criança que existe dentro de nós e assim a vida pode se tornar mais simples de ser vivida.

Foi realmente uma gira muito importante, na verdade foi a primeira vez que tivemos a oportunidade de fazer a nossa homenagem as crianças dentro do terreiro novo e que com muita luta nos ajudaram a construir e a participação de todos foi fundamental para que isso ocorresse.

Aqui fica o nosso grande agradecimento a uma amiga que chegou de uma forma tão inesperada e que se torna cada vez mais presente em nosso terreiro, na verdade não somente ela como suas filhas. Sandra, Sandra Valéria e Erica... vocês ofereceram não só as crianças da Umbanda, mas sim a todos nós a oportunidade de termos uma mesa tão bonita e tão alegre. Que nosso pai Oxalá abençoe a todos vocês!

Mutirão para pintura da casa de Exú

O Templo de Umbanda Olhos de Lince está em ritmo de obra já tem um tempo. Após todas as passagens já colocadas aqui em nosso informativo, chegou a hora da pintura e detalhes na Casa de Exú.

Foi organizado pela nossa comissão de obra um mutirão para que pudesse ser realizada a parte final e retoques do local aonde será a grande segurança de nosso terreiro.

No dia 4 de Julho, após uma noite de gira, alguns irmãos participaram dessa grande corrente física a favor de nossa casa. Obrigado a todos os irmãos que participaram. Zé Roberto, Thiago, Beto, Lucas e Marcos vocês mostraram que juntos podemos chegar ao nosso grande objetivo. Tenho certeza que a nossa grande Rainha das 7 Encruzilhadas junto com os demais Exús da nossa casa ficarão muito felizes. 

Mais um casal recebe as bençãos em nosso terreiro

O Templo de Umbanda Olhos de Lince viveu mais um dia de muita alegria e emoção, pois aconteceu em 05/06/10 a Cerimônia Religiosa de Casamento do nosso Ogan Anderson Santos com a Nossa Cambona Shaula Cunha, foi um momento ímpar para todos nós.

Essa foi a 4ª cerimônia de casamento que realizamos no Templo, mas onervosismo e ansiedade são sempre os mesmos, a expectativa era grande, ainda mais porque o evento ia acontecer no "terreiro grande" e isso aumentava ainda mais nossa emoção.

A decoração ficou por conta do próprio noivo com a ajuda de alguns irmãos, muitos panos, muitas flores, muitos detalhes, muito amor... e aos poucos os convidados foram chegando, que em sua maioria, eram familiares e amigos íntimos dos noivos.
Enfim é chegada a grande hora, hora de celebramos o amor com as bênçãos sagradas de nossos amados orixás e entidades.
Contamos com a presença de nosso amigo o Ogan José Carlos de Oxóssi que nos abrilhantou com sua bela voz e os Ogans Aluan e Célia, completaram a curimba junto de nosso Ogan Thiago Coutinho.
Após a defumação, ao som música "Oração do Tempo", entram, o corpo mediúnico, os pais dos noivos, e os padrinhos e depois muita ansiedade e espera, ao som da cantiga "O Canto de Oxalá" em Yorubá, os noivos entram, era perceptível a emoção dos dois, e não tinha quem não se emocionasse também naquele momento especial.

A cerimônia foi sendo conduzida de uma forma bem descontraída e muito emocionante, palavras de incentivo ao casal para o amor e a religião, foi pedido aos noivos que lessem juntos com muito entusiasmo o credo Umbandista a fim de que remetessem para dentro de suas almas, a fé na Umbanda, no Terreiro e é claro, a fé um no  outro, foi cantada então uma cantiga de Oxalá para que o mesmo derramasse sua luz e energia para eles.

Foi citado então Ogum, que é Senhor dos Caminhos, para que iluminasse esse novo caminho que estaria sendo trilhado na vida deles, foi entoada então a oração cantada de Ogum, que sempre nos enche de lágrimas. Após isso foi falado nos orixás dos noivos, Oxóssi e Oxum,  pedindo a eles com seus atributos e qualidades os inundassem naquele momento de axé e luz, após as cantigas chega S. Águia Branca que dá um abraço muito emocionado nos noivos e dando continuidade a cerimônia, falando sempre da mitologia dos Orixás e incentivando aos noivos sobre, amor, fé, disciplina e filhos...e assim foi levando o cerimonial, fazendo o ritual das fitas, que é a benção de todos os Orixás acendendo as velas que representam a chama do amor que foi acesa naquele momento e que só depende dos dois para que a mesma jamais se apague. Foi citado também, o lado doce e o lado amargo da vida a dois, sendo representados pelas bebidas, sempre um momento de muita descontração. Aconteceu a também a quebra das resistências e do passado, representado pela Taça e enfim a benção das alianças onde os noivos fazem seus votos e juras de amor um ao outro, sendo este o ápice da cerimônia onde todos vão as lágrimas ao perceberem a essência do amor e da emoção dos noivos envolvidos em uma energia incrível. Seu Águia Branca puxa mais uma curimba de Oxóssi trazendo mais vibração e
axé para aquela tarde tão feliz e inesquecível para todos nós e se despede deixando seu abraço e axé a todos. Os noivos se beijam e saem do terreiro repletos de luz e recebem o tradicional "banho de arroz" que na verdade significa prosperidade aos noivos.
Os noivos, certos de que deram um grande passo em sua vida e que de agora em diante irão percorrer juntos na matéria e no espírito os caminhos da luz.

Por Filipe Cunha - Dirigente do Templo de Umbanda Olhos de Lince

A FOGUEIRA SAGRADA DE XANGÔ

No dia 03/07/10 O Templo de Umbanda Olhos de Lince viveu momentos de pura emoção, foi a Gira em Homenagem ao Orixá Xangô.
É sempre um momento muito esperado por todos nós, pois este Orixá magnífico exerce um fascínio incrível sobre a nossa casa, talvez pelo fato de estarmos cercados de montanhas, um dos sítios naturais de Xangô.
Esse Orixá na Umbanda representa a Justiça Divina, o equilíbrio e a razão, trazendo para todos nós essas  virtudes e bênçãos, seu elemento é fogo, seus reinos estão nas Pedreiras, montanhas e rochas sua representação está no ronco do Trovão e os seus símbolos são o Machado e a Balança. Na Mitologia Africana, Xangô é considerado o Rei de todos os Orixás, por deter o poder da justiça.

Nossa gira começou com a presença dos Boiadeiros e Baianos, onde foram realizadas as consultas, trabalhos, passes e descarregos, sempre recheados de bom humor e alegria. Depois de um pequeno intervalo, chegou o grande
momento, mas antes de iniciarmos o nosso louvor, alguns irmãos do templo fizeram uma pequena explanação sobre o Orixá Xangô, falando de sua importância, energias e qualidades, num texto muito interessante que está
disponibilizado no nosso Blog www.templodeumbandaolhosdelince.blogspot .com .

Enfim chega a hora de louvarmos o nosso grande Rei, os cânticos começam e os Falangeiros de Xangô começam a se manifestar enchendo a todos de emoção indescritível.

A fogueira sagrada foi acesa do lado de fora do Templo e todos ficaram em volta depositando seus pedidos de paz, axé, justiça e equilíbrio, todos os Xangôs ficaram envolta da fogueira, derramando seu axé, sua força com seus movimentos enérgicos e danças.

Após esse momento alguns falangeiros deram passagens para as Yabás Yemanjá, Oxum, Nanã e Iansã, para que pudessem também saudar o grande Rei dos Orixás.

Enfim, encerramos os trabalhos repletos de energia e de força, dando a nosso Rei Xangô a melhor oferenda que existe que é a nossa Fé, Amor e Devoção.

Que a Justiça Divina se faça presente sobre nós e por nós. Kaô Kabecile Xangô.

Por Filipe Cunha - Dirigente do templo de Umbanda Olhos de Lince

A DANÇA DOS ORIXÁS

Em quatro edições, a nossa Cambona Lindinalva Mesquita irá falar um pouco sobre a “Dança dos Orixás e o seu significado”.

E só pra dar início a matéria, é muito importante dentro de uma “GIRA” de Umbanda, a dança, o toque, o movimento e quando dançamos não é apenas por dançar e sim para movimentar cada energia e como já diz, “GIRA”, é o giro da energia dentro do terreiro.

► OXOSSI / CABOCLOS:

Representado na Umbanda pelos Caboclos. Oxóssi e Caboclos usam a dança como elemento de mágia fazendo com os braços, movimentos de Arco-flecha, girando em círculos, significa a busca em todos os sentidos, eles dançam, ele caçam ele fazem a mágia na sua dança, são ligeiros e ágil. Realizando assim a limpeza, do local e das pessoas, colocando ordem e disciplina.

► OGUM:

Dança de ogum vem representando a ordem, a segurança, a firmeza. Ele vem pedir licença para percorrer os caminhos, determina a ordem. O movimento na dança representada pelos movimentos das "mãos cortando de um lado para o outro".. simboliza a sua ESPADA , no sentido de cortada todas as demandas, a espada é a Lei, a ordem, com os braços erguidos mostra a sua autoridade a sua importância na segurança e bom andamento da gira e  dos trabalhos. 

► XANGÔ:

Sua dança vem nós ensinar a força, a autoridade, o  cruzamento a frente do peito com os braços forma o que representa o Xangô ou seja o seu machado que significa os dois lados, o equilíbrio, a justiça a aplicação dessa justiça e a lei Divina.

 

► IEMANJÁ:

Sua dança e suave, imitando os movimentos das ondas do mar Quando se manifesta emiti sons, que lembra o mar, as ondas, simulando movimentos como se estivesse se banhando nas água e mergulhos. É também característico da sua dança, levar as mãos ao "ORI“ do médium ou seja "CABEÇA", ela que é chamada  da "MÃE DAS CABEÇAS", DONA do ORI“. Em sua dança Iemanjá não faz movimentos grandes, embora tenha bastante vivacidade afastando para trás e para frente os braços como representando o seu Reino, as águas, no gestual das mãos mostrando sempre ternura e amor de mãe. Fazendo a limpeza com seus movimentos simples mas constantes.

► OXUM:

Ela reproduz na sua dança toda mágia do Amor, o amor incondicional, o amor no seu sentido pleno, ventre, o feminino, amor maternal, a sensualidade sem ser vulgra, a beleza, a luz. O domínio das águas doce e o amor. Seus passos ijexa (movimentos), são muídos, lentos delicados, os braços de oxum conduzem o ritmo do seu corpo, como se fosse puxada de remos, ela reproduz igualmente a sensualidade mexendo seus ombros, orixá da beleza do encantamento também dança batendo a barra das saia, como olha a procura da sua imagem no espelho das águas.

► OBALUAYÊ:

Dança marcada pelo ritmo lento com pausa, os movimento  de seus filhos, batendo com os pés na terra, que é a sua representação. A firmeza, o equilíbrio a transformação, pois a Terra tudo dá, tudo transforma. Com seu brado, passando sua força, sua magia. Senhor da magia e do conhecimento.

► IANSÃ

Sua dança, sua música (ponto), é característico por grande rapidez, agressividade, determinação, e grande virilidade, percebe-se assim a personalidade, ou melhor, a característica do Orixá embora expresse o Elemento “AR” em movimento.

O uso da polirritmia no toque de “Oiá” tira a possibilidade de encontrar uma pausa no ritmo e dá ao toque a sensação de tirar os pés do chão. A dança de “Oiá ou Iansã”, os passos são pequenos e rápidos, enquanto o braço movimenta-se com força afastando qualquer um da sua frente (eguns).

Oiá, Iansã, movimenta pelo terreiro, anda sem meta precisa (para nós), mas seu andar, seu bailar, a procura de algo ou alguém, pode parecer quase desesperada nesse seu andar com tanta energia. Iansã uma Orixá jovem e guerreira, que abre caminhos junto com Ogum lutando e limpando as marcas (energias) dos eguns. Interessante observar que as danças esta extáticas rodam em sentido anti-horário, esta direção é tomada ou quase todas as danças sagradas.

A dança em forma de Espiral é o símbolo da comunicação entre o médium e a energia do Orixá que penetra no corpo. Representa o ar, energia vital, e as lendas contam o seu papel e a sua autoridade com os Espíritos dos mortos, que transporta e encaminha aos outros Orixás.

► NANÃ BURUQUÊ

É a ancestral feminina de todas as Divindades Aquáticas. É a purificadora da atmosfera, a Orixá das chuvas e o seu elemento e o barro que moldura o mundo,esta associada á água, a lama e as águas pantanosas.

A dança dos pratos que é uma festa especialmente preparada para Nanã é feita no Brasil somente na Bahia. É conhecida como a Orixá mais velha, na sua oferenda usa-se em alguns terreiro o “óbe”, que signifca a “faca”, de madeira que é a anterior ao ferro.

Seu ritmo de dança e o Sato entre todas as outras, quando dança traz na mão um cajada, no alto esta um pedaço de galho, parecem assim rememora a peregrinação por ela realizada no passado. Vão se apoiando em seu bastão, andando um pouco de lado com passos muito lento. Os pés tocam o chão, com seus passos transmitem a fadiga da longa viagem da sua existência, de vez em quanto para...para saudar, depois arqueiam o corpo de modo para frente, nesse momento os que a assistem devem sustentá-la para evitar que caia, pois essa é a sensação que temos. Nanã dança com a dignidade que convém uma senhora idosa e respeitável, seu movimento lembra um andar penoso, transmiti uma paz, um equilíbrio que nos emociona., Quando dança, ela faz com os braços movimento que parecem embalar uma criança. Ela rege sobre a maturidade e a sabedoria. Salve Nana Buruquê!!! Saluba!!!!