TEMPLO DE UMBANDA OLHOS DE LINCE

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terça-feira, 13 de julho de 2010

A DANÇA DOS ORIXÁS

Em quatro edições, a nossa Cambona Lindinalva Mesquita irá falar um pouco sobre a “Dança dos Orixás e o seu significado”.

E só pra dar início a matéria, é muito importante dentro de uma “GIRA” de Umbanda, a dança, o toque, o movimento e quando dançamos não é apenas por dançar e sim para movimentar cada energia e como já diz, “GIRA”, é o giro da energia dentro do terreiro.

OXOSSI / CABOCLOS:

Representado na Umbanda pelos Caboclos. Oxóssi e Caboclos usam a dança como elemento de mágia fazendo com os braços, movimentos de Arco-flecha, girando em círculos, significa a busca em todos os sentidos, eles dançam, ele caçam ele fazem a mágia na sua dança, são ligeiros e ágil. Realizando assim a limpeza, do local e das pessoas, colocando ordem e disciplina.

OGUM:

Dança de ogum vem representando a ordem, a segurança, a firmeza. Ele vem pedir licença para percorrer os caminhos, determina a ordem. O movimento na dança representada pelos movimentos das "mãos cortando de um lado para o outro".. simboliza a sua ESPADA , no sentido de cortada todas as demandas, a espada é a Lei, a ordem, com os braços erguidos mostra a sua autoridade a sua importância na segurança e bom andamento da gira e  dos trabalhos. 

► XANGÔ:

Sua dança vem nós ensinar a força, a autoridade, o  cruzamento a frente do peito com os braços forma o que representa o Xangô ou seja o seu machado que significa os dois lados, o equilíbrio, a justiça a aplicação dessa justiça e a lei Divina.

 

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► IEMANJÁ:

Sua dança e suave, imitando os movimentos das ondas do mar Quando se manifesta emiti sons, que lembra o mar, as ondas, simulando movimentos como se estivesse se banhando nas água e mergulhos. É também característico da sua dança, levar as mãos ao "ORI“ do médium ou seja "CABEÇA", ela que é chamada  da "MÃE DAS CABEÇAS", DONA do ORI“. Em sua dança Iemanjá não faz movimentos grandes, embora tenha bastante vivacidade afastando para trás e para frente os braços como representando o seu Reino, as águas, no gestual das mãos mostrando sempre ternura e amor de mãe. Fazendo a limpeza com seus movimentos simples mas constantes.

► OXUM:

Ela reproduz na sua dança toda mágia do Amor, o amor incondicional, o amor no seu sentido pleno, ventre, o feminino, amor maternal, a sensualidade sem ser vulgra, a beleza, a luz. O domínio das águas doce e o amor. Seus passos ijexa (movimentos), são muídos, lentos delicados, os braços de oxum conduzem o ritmo do seu corpo, como se fosse puxada de remos, ela reproduz igualmente a sensualidade mexendo seus ombros, orixá da beleza do encantamento também dança batendo a barra das saia, como olha a procura da sua imagem no espelho das águas.

► OBALUAYÊ:

Dança marcada pelo ritmo lento com pausa, os movimento  de seus filhos, batendo com os pés na terra, que é a sua representação. A firmeza, o equilíbrio a transformação, pois a Terra tudo dá, tudo transforma. Com seu brado, passando sua força, sua magia. Senhor da magia e do conhecimento.

► IANSÃ

Sua dança, sua música (ponto), é característico por grande rapidez, agressividade, determinação, e grande virilidade, percebe-se assim a personalidade, ou melhor, a característica do Orixá embora expresse o Elemento “AR” em movimento.

O uso da polirritmia no toque de “Oiá” tira a possibilidade de encontrar uma pausa no ritmo e dá ao toque a sensação de tirar os pés do chão. A dança de “Oiá ou Iansã”, os passos são pequenos e rápidos, enquanto o braço movimenta-se com força afastando qualquer um da sua frente (eguns).

Oiá, Iansã, movimenta pelo terreiro, anda sem meta precisa (para nós), mas seu andar, seu bailar, a procura de algo ou alguém, pode parecer quase desesperada nesse seu andar com tanta energia. Iansã uma Orixá jovem e guerreira, que abre caminhos junto com Ogum lutando e limpando as marcas (energias) dos eguns. Interessante observar que as danças esta extáticas rodam em sentido anti-horário, esta direção é tomada ou quase todas as danças sagradas.

A dança em forma de Espiral é o símbolo da comunicação entre o médium e a energia do Orixá que penetra no corpo. Representa o ar, energia vital, e as lendas contam o seu papel e a sua autoridade com os Espíritos dos mortos, que transporta e encaminha aos outros Orixás.

► NANÃ BURUQUÊ

É a ancestral feminina de todas as Divindades Aquáticas. É a purificadora da atmosfera, a Orixá das chuvas e o seu elemento e o barro que moldura o mundo,esta associada á água, a lama e as águas pantanosas.

A dança dos pratos que é uma festa especialmente preparada para Nanã é feita no Brasil somente na Bahia. É conhecida como a Orixá mais velha, na sua oferenda usa-se em alguns terreiro o “óbe”, que signifca a “faca”, de madeira que é a anterior ao ferro.

Seu ritmo de dança e o Sato entre todas as outras, quando dança traz na mão um cajada, no alto esta um pedaço de galho, parecem assim rememora a peregrinação por ela realizada no passado. Vão se apoiando em seu bastão, andando um pouco de lado com passos muito lento. Os pés tocam o chão, com seus passos transmitem a fadiga da longa viagem da sua existência, de vez em quanto para...para saudar, depois arqueiam o corpo de modo para frente, nesse momento os que a assistem devem sustentá-la para evitar que caia, pois essa é a sensação que temos. Nanã dança com a dignidade que convém uma senhora idosa e respeitável, seu movimento lembra um andar penoso, transmiti uma paz, um equilíbrio que nos emociona., Quando dança, ela faz com os braços movimento que parecem embalar uma criança. Ela rege sobre a maturidade e a sabedoria. Salve Nana Buruquê!!! Saluba!!!!

Um comentário:

  1. GOSTARIA DE SABER MAIS SOBRE A DANÇA DO ORIXA OGUM.
    OBRIGADA.
    GILMA.
    MEU EMAIL:assis.1959@hotmail.com

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