TEMPLO DE UMBANDA OLHOS DE LINCE

TEMPLO DE UMBANDA OLHOS DE LINCE

domingo, 13 de junho de 2010

Tolerância Religiosa

Por Filipe Cunha (Dirigente do Templo de Umbanda Olhos de Lince)

Hoje o que mais se houve falar entre os Umbandistas e afins é a Intolerância Religiosa, que tanto se exige e tanto se luta. É um luta muito digna, é claro que é.

Mas acho que devemos aproveitar esse momento que tanto se clama por tolerância e parar um pouco para pensar no seguinte: “será que nós Umbandistas somos tolerantes?

Será que somos dignos de exigir essa tolerância?”

Precisamos em 1º lugar ser tolerantes com os próprios Umbandistas, pois nossa Religião é muito diversificada, varia muito de Região para Região, de cidade para Cidade, de Terreiro para Terreiro e de Médium para Médium.

A única maneira que temos de dizer que determinado local não é Umbanda é se o mesmo, não pratica a caridade dando de graça aquilo de graça recebeu, pregar a Fé, o amor e o perdão. Isso é o mais importante, agora o restante, não é importante. Na Umbanda os fins justificam os meios, agora o que não podemos é julgar determinado local se o mesmo não é igual ao nosso, se o mesmo não tem a mesma filosofia, hierarquia e preceitos que o nosso, não existe certo ou errado, tudo é Umbanda tudo é amor. Não importa se o Terreiro é assim ou assado. Outro fator é sermos tolerantes com outras manifestações dos cultos Afros, principalmente com nossos irmãos do Candomblé, que é uma Religião lindíssima e de muitos fundamentos, portanto não vamos apontar o dedo e julgar algo que não conhecemos e nem temos propriedade de falar.

Com os nosso irmãos Espíritas Kardecistas a mesma coisa.

Quantos vezes já não nos pegamos “torcendo” o nariz ao passarmos em frente a uma Igreja Evangélica ou alguma Pregação em Praça Pública? Temos que entender que existem pessoas “do bem” e “do mal” em todo em qualquer segmento Religioso. E que todos os caminhos nos levam ao nosso Pai Maior

Então meus irmãos, se tanto lutamos pela Tolerância Religiosa, essa deve começar conosco mesmo, no nosso Terreiro e com nossas co-irmãs.

Vamos pensar nisso!

Um abraço a todos e Saravá!

Axé ! Motumbá! Amém ! Shalon ! Graças a Deus ! Salve

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