Por Thiago Coutinho e Anderson Santos (Ogans do Templo de Umbanda Olhos de Lince)
A Curimba é um dos departamentos mais importantes dentro de um terreiro. Os ogans são os responsáveis pela sua execução e condução.
O que bem pouca gente sabe, é que este setor dos templos, tem responsabilidades que vão muito além de simplesmente enfeitar as cerimônias com seus belos cânticos e toques, pois, por serem sagrados, estes cânticos, movimentam energias durante as giras de umbanda.
Antes de tudo, para se cantar pontos na Umbanda ou em qualquer outro rito religioso que se utilize das curimbas, é necessário ter pleno conhecimento dos significados dos pontos, qual ponto será cantado e em qual momento ser executado.
Os pontos cantados não podem ser cantados de qualquer jeito, devem ser cantados com firmeza e segurança, pois os próprios são invocações ao guias e orixás da casa, eles são verdadeiros mantras dentro da umbanda.
A postura junto aos atabaques é imprescindível para os médiuns da casa, pois como já relatado, os mesmos são instrumentos sagrados, que representam a energia dos orixás.
O ritmo base para as cantigas de umbanda é o “Cabula”, a seguir relacionaremos as principais finalidades dos cânticos: Defumação, abertura e fechamento de trabalhos, bate-cabeça, firmeza, descarrego, chamada, despedida, consagrações (Amaci, Bori, Yao, Babá e etc), corta demandas, cruzamento, eventos especiais (casamento, batizado, funeral, etc). Os orixás e entidades da casa têm seus pontos cantados de acordo com seus nomes ou desdobramentos, tendo comumente, as entidades ensinando seus pontos de raiz ou os de autoria própria dos ogans. Tendo sempre em mente a importância desses cânticos e poder a eles dado.
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