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TEMPLO DE UMBANDA OLHOS DE LINCE
sexta-feira, 8 de maio de 2009
OBALUAYÊ
Omulu o Orixá que atua na Evolução e seu campo preferencial é aquele que sinaliza as passagens de um nível vibratório ou estágio da evolução para outro.
OMOLU / OBALUAÊ
(o senhor da cura)
O Orixá Omulu é o regente da linha da Evolução,
A Evolução é a ordem natural da vida, e por isso a energia de Omúlú é que rege essa vibração. Omulú atua junto com Nanã Buruque na Linha da Evolução, ambos são Orixás de magnetismo misto e cuidam das passagens dos estágios evolutivos.
Ambos são Orixás terra-água (magneticamente, certo?). Omulu atua nas passagens terra-astral. Nanã é ativa e atua na passagem astral-terra.
Nanã decanta os espíritos que irão reencarnar e estabelece o cordão energético que une o espírito ao corpo (feto), que será recebido no útero materno assim que alcança o desenvolvimento celular básico (órgãos físicos).
Esse “mistério” que reduz o corpo plasmático do espírito até que fique do tamanho do corpo carnal alojado no útero materno. Nesta redução, o espírito assume todas as características e feições do seu novo corpo carnal, já formado.
Muito associam o divino Omulu apenas com o Orixá curador, que ele realmente é, pois cura mesmo! Mas Omulu é muito mais do que já o descreveram. Ele é o “Senhor das Passagens” de um plano para outro, de uma dimensão para a outra, e mesmo do espírito para a carne e vice-versa.
Espero que os Umbandistas deixem de temê-lo e passem a amá-lo e adorá-lo pelo que ele realmente é: um Trono Divino que cuida da evolução dos seres, das criaturas e das espécies, e que esqueçam as abstrações dos que se apegaram a alguns de seus aspectos negativos e os usam para assustar seus semelhantes.
Estes manipuladores dos aspectos negativos do Orixá Omulu certamente conhecerão os Orixás cósmicos que lidam com o negativo dele. Ao contrário dos tolerantes Exús da Umbanda, estes Omulus cósmicos são intolerantes com quem invoca os aspectos negativos do Orixá maior Omulu para atingir seus semelhantes. E o que tem de supostos “pais de Santo” apodrecendo nos seus pólos magnéticos negativos só porque deram mau uso aos aspectos negativos de Omulu... Bem, deixemos que eles mesmos cuidem de suas lepras emocionais. Certo?
A função de Omulu é a preparação e recpção do espírito no momento do desencarne, é nesse momento que se faz presente toda a energia deste Orixá, é uma função importantíssima, ele que faz esse desligamento, juntamente com Nana Buruque, por isso que desconhecidamente por ignorância muitas pessoas temem esses dois grandes e importantíssimos Orixás.
Oferenda:
Velas brancas e brancas/pretas; vinho rosé licoroso, água potável; coco fatiado coberto com mel e pipocas; rosas, margaridas e crisântemos, tudo depositado no cruzeiro do cemitério, á beira-mar ou á beira de um lago.
Orixá de transformação energética, de toda energia produzida de forma natural ou artificial, quer dizer, a energia natural é toda aquela emanada da natureza ou do nosso próprio pensamento e a artificial é a fabricada (oferendas). Ele transforma tudo e descarrega para terra.
Orixá da transição para a vida astral. Senhor dos segredos da vida e da morte. Mestre das Almas.
Se Exu é o grande manipulador das forças de magia, o Sr. Omulu é o Mestre.
Quando desencarnamos tem sempre um enviado de Omulu do nosso lado, por isso é que ele sempre diz que temos que resgatar a nossa dívida; temos que agir efetivamente para resgatarmos o nosso Karma.
Sincretizado no Rio de Janeiro com São Lázaro tem o seu dia comemorado em 17 de dezembro.
Reino: calunga pequena (cemitério).
Cores: preta e branca em proporções iguais.
Elemento: terra. Dia da Semana de vibração maior: sábado
SAUDAÇÃO: ATOTÔ OBALUAÊ
CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE OMOLU-OBALUAÊ
Ao senhor da Cura é relacionado um arquétipo psicológico derivado de sua postura na dança: se nela Omolu-Obaluaê esconde dos espectadores suas chagas, não deixa de mostrar, pelos sofrimentos implícitos em sua postura, a desgraça que o abate. No comportamento do dia-a-dia, tal tendência se revela através de um caráter tipicamente masoquista.
Pierre Verger define os filhos de Omolu como pessoas que são incapazes de se sentirem satisfeitas quando a vida corre tranqüila para elas. Podem até atingir situações materiais e rejeitar, um belo dia, todas essas vantagens por causa de certos escrúpulos imaginários. São pessoas que, em certos casos, se sentem capazes de se consagrar ao bem-estar dos outros, fazendo completa abstração de seus próprios interesses e necessidades vitais.
No Candomblé, como na Umbanda, tal interpretação pode ser demais restritiva. A marca mais forte de Omolu-Obaluaê não é a exibição de seu sofrimento, mas o convívio com ele. Ele se manifesta numa tendência autopunitiva muito forte, que tanto pode revelar-se como uma grande capacidade de somação de problemas psicológicos (isto é, a transformação de traumas emocionais em doenças físicas reais), como numa elaboração de rígidos conceitos morais que afastam seus filhos-de-santo do cotidiano, das outras pessoas em geral e principalmente os prazeres. Sua insatisfação básica, portanto, não se reservaria contra a vida, mas sim contra si próprio, uma vez que ele foi estigmatizado pela marca da doença, já em si uma punição.
Em outra forma de extravasar seu arquétipo, um filho do Orixá, menos negativista, pode apegar-se ao mundo material de forma sôfrega, como se todos estivessem perigosamente contra ele, como se todas as riquezas lhe fossem negadas, gerando um comportamento obsessivo em torno da necessidade de enriquecer e ascender socialmente.
Mesmo assim, um certo toque do recolhimento e da autopunição de Omolu-Obaluaê serão visíveis em seus casamentos: não raro se apaixonam por figuras extrovertidas e sensuais (como a indomável Iansã, a envolvente Oxum, o atirado Ogum) que ocupam naturalmente o centro do palco, reservando ao cônjuge de Omolu-Obaluaê um papel mais discreto. Gostam de ver seu amado brilhar, mas o invejam, e ficam vivendo com muita insegurança, pois julgam o outro, fonte de paixão e interesse de todos.
Assim como Ossãe, as pessoas desse tipo são basicamente solitárias. Mesmo tendo um grande círculo de amizades, freqüentando o mundo social, seu comportamento seria superficialmente aberto e intimamente fechado, mantendo um relacionamento superficial com o mundo e guardando sua intimidade para si própria. Não raro são pessoas que julgam. Ter características detestáveis, que vivem criticando, motivo de vergonha. O filho do Orixá oculta sua individualidade com uma máscara de austeridade, mantendo até uma aura de respeito e de imposição, de certo medo aos outros. Pela experiência inerente a um Orixá velho, são pessoas irônicas. Seus comentários, porém não são prolixos e superficiais, mas secos e diretos, o que colabora para a imagem de terrível que forma de si próprio.
Omulu, Orixá da cura, a ele é associado todo e qualquer trabalho que envolva este tipo de mérto, pois a cura nada mais é do que transformação.
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